segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O ciclo perverso...

Olá queridos amigos,

    Desta vez, iniciarei meus comentes no início do texto de reflexão que coloquei no assunto de hoje. Ainda estou lendo o livro de onde retirei o mesmo, na minha opinião muito bom, de linguagem simples que pode ser bem interpretado por qualquer pessoa que tem interesse.
   O texto apesar de longo, é muito sábio na questão deste ciclo vicioso que algumas pessoas têm de querer "salvar" o outro.
   Essa é uma questão muito delicada, e se a pessoa não tiver uma visão ampla do contexto em que esta vivendo, acabará por se isolar do resto das pessoas, por não conseguir ver a questão de um outro angulo, ou seja, pode até se sentir ofendida...  
   Enfim, espero que gostem, e principalmente reflitam sobre o assunto, pois, pelo menos ao meu ver, é muito importante para libertarmos as "algemas" que colocamos em nós e nos outros devido a "mania" de querer "arrumar" o outro da forma que "achamos" ser certa para quem quer que seja...
   Acho que todos algum dia passamos por momentos parecidos, ou ainda, damos uma de "arrumadores da felicidde alheia" como citado no texto, seja qual for a relação humana em que está, seja no seu relacionamento afetivo, conselhos dados a amigos, opiniões "impostas" entre outras ações que compõem o chamado "ciclo perverso", que por final, acaba por estragar relações sejam elas qual for, ou pior, afetar o lado emocional do "salvador", já que o mesmo simplismente esquece de viver a própria vida, para viver a vida do outro.... 
   Leiam, reflitam, e repensem nas atitudes que temos diariamente, pois nós não podemos mudar o outro, nós temos a capacidade de mudarmos a nós mesmos, podemos somente, ser o bom exemplo que de repente cause uma motivação no outro de também mudar a si mesmo, já que todos estamos em fase de construção nas nossas vidas!!!



Salvacionismo – um ciclo perverso

Uma entre as muitas táticas de autocondenação que utilizamos de forma consciente ou não, faz uso da seguinte armadilha psicológica: “ter a pretensão de mudar o que não está em nosso alcance mudar”. Ela gera um “ciclo perverso” denominado “drama dos salvacionistas”.
         Esse “ciclo perverso” representa o padrão psíquico que reproduzimos incansavelmente com pessoas difíceis e problemáticas – conjugues, filhos, pais, amigos, conhecidos ou alguém com dificuldade que estiver a nossa volta.
         O ciclo consiste nos papéis de salvador, vítima e atormentador, que se repetem num espaço de tempo que varia de pessoa para pessoa. São ações recorrentes de caráter psicológico que começam e terminam com a mesma atitude. Por exemplo: ora a criatura tenta salvar, ora se vitimiza, ora atormenta, e, assim, ela retorna a esses mesmos papeis, intercalando-os sucessivamente.
         Os salvadores de almas, também conhecidos por “arrumadores” da felicidade alheia, são aqueles que tentam a qualquer preço resgatar as pessoas de um conflito ou de uma situação critica. Importante dizer que não estamos nos referindo a atos de compaixão, bondade e amor verdadeiros.
         Na primeira etapa do “ciclo perverso”, assumimos o papel propriamente dito do salvador.
         A medida que assistimos, socorremos ou defendemos desesperadamente as pessoas, podemos registrar uma ou mais das seguintes sensações:

  • Pena, por acreditarmos que o individuo que estamos auxiliando é indefeso, impotente e incapaz de, sozinho, realizar algo.
  • Culpa, por não termos capacidade e competência suficientes para resolver o conflito alheio.
  • Santidade, por acreditarmos que temos um compromisso espiritual para amenizar as dores de outrem.
  • Ansiedade, por querermos recuperar, da noite para o dia, todo o bem perdido pelo infeliz, devolvendo-lhe a alegria de viver.
  • Raiva, por termos sido colocados diante do dilema do outro e por nos forçarem a fazer coisas que, no fundo, sentíamos nçao ter poder nem meios para executá-las.
  • Medo, diante da enorme responsabilidade de resgatar alguém do emaranhado em que se encontra.
  • Frustração, por não percebermos a linha tênue que demarca o limite entre ajudar e forçar/invadir, entre caridade e salvacionismo.

Com o passar do tempo, julgamos ter reabilitado a criatura a quem ajudamos “tão bondosamente”; no entanto, constatamos que ela não se comporta como aconselhamos ou orientamos e não segue os ensinos e idéias que lhe oferecemos de forma desprendida e fraternal. Nem ao menos demonstra um gesto sequer de gratidão pelos “benefícios”  recebidos. Despreza nossa total dedicação em seu favor.
A partir desse momento, seguiremos automaticamente para a segunda etapa do ciclo perverso; o da vitima.
         Sentimos autopiedade e nos vestimos com o manto da vítima: fomos usados, feridos, estamos impotentes, arrependidos, abandonados, cansados, envergonhados e depressivos. Fomos humilhados, tratados como algo sem importância, outra vez. Só  queríamos ajudar, fazer o bem u – quem sabe? – resgatar débitos do passado e mesmo afastar os Espíritos obsessores.
         Na terceira etapa, é inevitável e previsível que o papel a ser assumido é o do atormentador. Nesse período encerra-se e, ao mesmo tempo, se reinicia o ciclo do salvacionista.
         De forma inconsciente ou não, nos sentimos abalados, magoados e ressentidos com o individuo a quem “socorremos” tão prontamente.
         Tentamos solucionar seus problemas, dissemos “sim” quando queríamos dizer “não”, esquecemos de nos para pensar nas suas dificuldades, gastamos muita energia e nos sentimos exauridos; deixamos de lado nosso tempo de descanso e compromissos importantes e ficamos profundamente raivosos pela incompreensão alheia.
         Depois de nos sentirmos furiosos, quando constatamos que nada do que fizemos chegou a se concretizar como era esperado, partimos, mecanicamente, para a fase seqüencial do processo psicológico.
         Ai, desconsolados, nos perguntamos: por que isso esta sempre acontecendo comigo? E respondemos para nos mesmos: as pessoas são ingratas, a sociedade é cruel, o mundo é assim mesmo!
         Todos temos uma tendência de culpar o mundo por nossas ações, comportamentos, emoções e sentimos inadequados. Justificamos nosso desalento acusando indiscriminadamente a tudo e a todos, no entanto precisamos assumir inteira responsabilidade pelo que esta acontecendo em nossa vida.
         Devemos nos perguntar: o que realmente fizemos para estar infelizes e frustrados? O que temos que modificar em nossas ações e comportamentos para sermos mais felizes e nos realizarmos?
         Ate quando perpetuaremos esse “ciclo perverso”, vivendo a “tragédia dos salvacionistas”? já é hora de reconhecermos que reside em nos a fonte que determina e controla nossos atos e atitudes, ações e reações.
         Na verdade,  esse esquema mental de “querer forçar a mudança de sentir pensar e agir dos outros” nos levara a descuidar da própria existência e a viver um constante estado de inadequação.
         A conta que devemos fazer não é aquela das vezes em que realmente ajudmos e não fomos correspondidos, e sim das vezes em que não nos condenamos nem nos agredimos, mas reconhecemos nossos atos contraditórios e pretensiosos diante do grau evolutivo das pessoas.
         Não devemos nem podemos forçar ninguém a mudar de atitudes, em realidade só podemos modificar a nós mesmos.
         a fé esclarecida que tens, guarda-a para ti diante de Deus. Feilz aquele que não se condena na decisão que toma”. Afirma Paulo de Tarso: “Feliz aquele que” tem “a fé esclarecida (...)”, pois “não se condena na decisão que toma”. De fato, a fé esclarecida e raciocinada proporciona ao seu possuidor o controle da própria vida, não a dos outros.
         Repetir e validar o “ciclo perverso” do salvacionista – cuidar e proteger sem limites, depois se vitimizar, acreditando que é desventurado, que foi usado e enganado, e , mais alem, atormentar, perseguir e criticar por estar profundamente irado e ressentido – é a atitude de todo aquele que “se condena na decisão que toma”.
         Ter “fé esclarecida” é auscultar e perceber as verdadeiras intenções da Divina Providência, que age em tudo o que existe, e observar que tudo está absolutamente certo, ainda que, temporariamente, não possamos reconhecer a vantagem e o proveito com clareza e nitidez.
         Tudo que existe no Universo tem sua razão de ser, nada esta errado conosco. Não há nada a corrigir ou consertar em nos ou nos outros, a não ser melhorar a nossa forma de ver tudo e todos.
         A máxima de Pitágoras – filósofo e matemático grego – de certa forma sintetiza o que acabamos de expor: “Ajuda teu semelhante a levantar sua carga, porém não a levá-lá”.
        
Fonte: Um modo de entender, uma nova forma de viver.
Francisco do Espírito Santo Neto por Hammed
(grifos meus)


A borboleta ao meu ver, representa a metamorfose, onde a larva sem graça se torna uma bela borboleta. Não tentem mudar ninguém, ainda acredito que todos temos a capacidade de mudança, mas para isto, deve partir da própria pessoa. Mudar o outro é gasto de energia desnecessário, e de certa forma perder o próprio tempo em vão, empregue-se no melhoramento de si mesmo, pois nenhum de nós somos detentores da verdade absoluta, e cada um tem seu próprio jeito de viver conforme sua personalidade, educação e meio em que esta inserido. Portanto,reconheça as mudanças que deve ser feita em si, seja feliz consigo mesmo, que atrairá para seu "jardim", "borboletas" que estaram sempre em movimento de mudança conforme a sua própria evolução.
 
 
Sejam Felizes!!!!!
 
Aninha Santos