quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Amar e ser Amado..... Ainda faz bem, e Muito!!!!

Valores tradicionais ainda são importantes nas relações amorosas, diz estudo

(Agência USP) − Homens e mulheres ainda estão intimamente ligados a valores tradicionais, como exclusividade e eternidade, apesar da redefinição e pluralidade das práticas afetivas, características da modernidade. De acordo com a psicóloga Edilaine Helena Scabello, que estudou os discursos femininos e masculinos em situações de infidelidade conjugal, a fidelidade ainda é muito valorizada apesar das novas maneiras de se relacionar, como amor virtual, relacionamentos efêmeros, casamentos sucessivos etc.

Na dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, Edilaine explica que as pessoas tendem a absorver novos ideais, mas não superam os tradicionais. “Os valores burgueses são a origem e a base das relações afetivas, o que acarreta diferenças nos comportamentos femininos e masculinos nesse campo”, diz a psicóloga. Em sua pesquisa a mesma verificou que, “Em todos os depoimentos pudemos perceber a valorização do amor romântico”, ressalta.

Todos os homens entrevistados se separaram das parceiras, enquanto as mulheres permaneceram com os maridos. Segundo ela, esse comportamento pode ser explicado pela divisão presente na sociedade burguesa entre as “mulheres que seriam para casar e aquelas que não”. Ou seja, os homens consideram que aquelas mulheres que lhes foram infiéis não são dignas de um relacionamento fixo e duradouro. Além disso, histórica e socialmente, as mulheres, na sociedade ocidental, sempre conviveram com a infidelidade de seus maridos e, por isso, elas se adequam a essa situação.

Outro fator específico de discursos femininos é a presença dos sentimentos de culpa e de auto-punição. Edilaine explica que, historicamente, ocorreu a divisão familiar dos papéis de homens e mulheres, pois aqueles deveriam ser provedores e elas responsáveis pelo cuidado do lar e pela felicidade do casamento. “Algumas mulheres se consideram culpadas pelo aparente fracasso do casamento, pois acreditam que não souberam cuidar de seus parceiros.”

Dor psíquica

Há ainda o sofrimento que acompanha a situação de infidelidade conjugal. Segundo Edilaine, existe uma perda simbólica da imagem do outro, pois, com a traição, ocorre a desfiguração da representação mental que era feita do parceiro, e isso pode desembocar na perda da própria identidade. “A minha identidade é criada a partir do parceiro e do tipo de relação que estabelecíamos. Então, se o outro não é mais quem eu pensava ser, eu também não sei mais quem sou”.

Essa perda é acompanhada de uma confusão interna, que leva a pessoa a ter dúvidas sobre a sua própria sanidade mental. A psicóloga explica que “os sentimentos ficam descompensados e por isso existe dor e sofrimento; não por causa da perda em si e sim pelo enlouquecimento interno dos sentimentos e da confusão da identidade”.

Re-significação ou ressentimento

Após a perda simbólica do outro e de sua própria identidade e a dor que essa situação traz, é necessário que exista um período de luto em que a pessoa irá elaborar a perda. Esse processo acarreta a reestruturação psíquica. A partir daí, a pessoa dará novos sentidos àquela experiência, como por exemplo, encarando-a de outro modo e percebendo quais aprendizados obteve.

Três comportamentos foram compreendidos. Todos os homens re-significaram suas relações com as parceiras, dissolveram o casamento e partiram em busca de outras relações afetivas e sexuais. Três das cinco mulheres também atribuíram novos significados àquela situação, reconstruindo o casamento, ou seja, retomaram o curso de suas relações conjugais. No entanto, duas mulheres não elaboraram o luto e, portanto, não houve re-significação. Nesse caso, as mulheres permanecem aprisionadas à dor e ao ressentimento.

Segundo a psicóloga, as mulheres que não elaboraram a perda apresentavam culpa e negação da realidade, já que a traição implica na dissolução da imagem do parceiro. Por esses motivos, a elaboração do luto pode ser demorada ou até mesmo não efetivada. Desta forma a mulher permanece imersa no ressentimento, representando a impossibilidade de esquecer ou superar aquele acontecimento e a situação desencadeada por ele.
Fonte: Mente Cérebro, maio – 2007


O segredo do casal feliz: Veja o que a ciência tem a dizer sobre a intimidade

Relacionamentos íntimos, como o casamento, estão entre as mais importantes fontes de satisfação individual. Apesar de muitos casais entrarem nessa jornada com a melhor das intenções, muitos se separam ou permanecem juntos apesar da relação deteriorada. Entretanto, alguns continuam felizes e bem-sucedidos. Qual será o segredo? Alguns indícios surgem das últimas pesquisas no novo campo da psicologia positiva. Fundada em 1998 pelo psicólogo Martin E. P. Seligman, da Universidade da Pensilvânia, essa área inclui pesquisas sobre as emoções consideradas positivas, os pontos fortes dos seres humanos e o que é importante para a maioria das pessoas. Nos últimos anos, pesquisadores que se dedicam a esses estudos descobriram que casais satisfeitos são propensos a acentuar mais o lado bom da vida, diferentemente daqueles que continuam juntos apesar de infelizes ou que se separam. Eles não apenas lidam bem com as adversidades, mas também celebram os momentos felizes e trabalham para construir e reforça situações favoráveis.

É possível que a forma de um casal lidar com as boas notícias seja ainda mais relevante para a o convívio que a capacidade de se apoiar mutuamente nas circunstâncias difíceis. Proporcionalmente, pessoas felizes com sua vida amorosa também experimentam individualmente mais emoções agradáveis que negativas, em comparação com aquelas envolvidas em relacionamentos fracassados. Certas estratégias costumam melhorar essa proporção e, portanto, ajudar a fortalecer as relações. Outro ingrediente para um relacionamento de sucesso: cultivar a paixão. Aprender a se dedicar à pessoa afetivamente importante em nossa vida, de forma saudável e prazerosa, favorece o amadurecimento emocional.

O que a ciência tem a dizer sobre a intimidade:

1. Excitação
 O psicólogo Arthur Aron, da Universidade Stony Brook, descobriu que as pessoas tendem a se ligar emocionalmente quando estão agitadas, por exemplo, devido ao exercício, aventuras ou exposição a situações perigosas.

2. Bem pertinho
 Estudos dos psicólogos sociais Leon Festinger e Robert Zajonc, da Universidade Stanford, concluíram que simplesmente estar perto de alguém tende a produzir sentimentos positivos. Quando uma pessoa, de forma consciente e proposital, permite que a outra invada seu espaço pessoal, os sentimentos de intimidade aumentam rapidamente.
3. Semelhança
 Opostos às vezes se atraem, mas uma pesquisa coordenada pelo economista comportamental Dan Ariely, da Universidade Duke e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT ), mostra que as pessoas tendem a formar par com aqueles que são parecidos com elas – em termos de inteligência, experiência e nível cultural e atratividade. Algumas pesquisas chegam a sugerir que apenas imitar alguém pode aumentar a proximidade.
4. Humor
 Os pesquisadores Jeanette e Robert Lauer, especializados em relações amorosas, mostraram em 1986 que em uniões felizes de longa duração os parceiros fazem o outro rir bastante. Outro estudo revela que principalmente as mulheres freqüentemente procuram parceiros que as divirtam e vê-las achar graça é atraente para eles – possivelmente porque quando rimos ficamos em uma posição menos defensiva, o que facilita a aproximação.
5. Novidade
 O psicólogo Greg Strong, da Universidade Estadual da Flórida, constatou que as pessoas tendem a se aproximar quando estão iniciando uma nova tarefa. A novidade apura os sentidos e também faz as pessoas se sentirem vulneráveis e se ajudarem mutuamente. Portanto, aprender coisas juntos é um jeito de fortalecer laços.

6. Inibições
 A inibição bloqueia as sensações de vulnerabilidade, o que pode de fato ajudar a criar vínculos.
7. Bondade e perdão
 Vários estudos confirmam que tendemos a criar laços com pessoas bondosas, sensíveis e atenciosas. Sentimentos de amor podem emergir com especial rapidez quando alguém muda de comportamento deliberadamente para se adaptar às nossas necessidades. Em geral, o perdão também cria vínculos e cumplicidade.
8. Toque e sexualidade
 Uma massagem nas costas pode fazer maravilhas. Mesmo se aproximar de alguém, sem de fato tocar, pode despertar em ambos inúmeras sensações. Vários estudos, um deles realizado pela psicóloga social Susan Sprecher, da Universidade Estadual de Illinois, aponta que a sexualidade pode reafirmar sentimentos de proximidade e carinho.
9. Comprometimento
 Estudos de pesquisadores como a psicóloga Ximena Arriaga, da Universidade de Purdue, sugerem que o compromisso é um elemento essencial na construção do amor. Pessoas cujos comprometimentos são fracos interpretam o comportamento de seus parceiros mais negativamente, o que com o tempo pode destruir a relação. Quando se tem a firme intenção de manter o relacionamento, os problemas conjugais são mais facilmente relativizados. Pesquisas científicas ilustram como as pessoas se apaixonam e sugerem técnicas para construir relacionamentos consistentes.
Fonte: Mente cérebro, edição 205 – Fevereiro 2010




Apesar da visão imediatista e prazeres descartáveis da sociedade atual, estudos e pesquisas ainda comprovam que a grande maioria das pessoas ainda desejam encontrar o par que o completa e serem felizes juntos.
Muitas vezes reclamamos e nos colocamos nos dizeres do senso comum que afirma que hoje em dia, esta difícil encontrar homens e mulheres que "prestam", mas o problema esta ao meu ver, nos locais em que procuramos e na maneira com que nos comportamos. Afinal, muitas vezes ouço amigas dizerem que são boas mas nunca encontram homens bons o suficiente para elas, que os mesmos só querem "usar" e pronto, mas se algumas delas, repassem no próprio comportamento em relação a eles, perceberiam, que as pessoas vao até onde nós deixamos ir, e se nos comportamos como "objetos" e tratamos o outro como "objeto", estaremos falidos como pessoas que buscam relacionamentos complexos e reais.
Portanto, se você, homem ou mulher, busca em sua vida afetiva, um relacionamento duradouro, pautado em respeito e lealdade, é necessário estar bem consigo mesmo, além de estar em locais propícios, e quando encontrar uma pessoa interessante, porte-se como tal, e não perpetue a idéia de "pessoa objeto e descartável".


Sejam Felizes...

Aninha Santos